As façanhas do jornalista e escritor: Antônio Pacheco

Conheça um pouco da história do jornalista, poeta, contista e filho de Aragarças: Antônio Pacheco.

Foto de Antõnio Pacheco olhando para o horizonte
FOTO: ANTÔNIO PACHECO | REDES SOCIAIS

Publicar um livro é um sonho para muitos, todavia, pode se tornar um desafio complexo, fatídico ou desanimador para todos aqueles que se laçam à essa empreitada cheia de entraves, crises criativas e desafios afins. Até mesmo para profissionais experientes como os jornalistas a publicação de um livro não é uma missão lá das mais fáceis. Além das superações dos obstáculos para tal feito a concretização do sonho só virá com a publicação da obra.

No entanto, um aragarcense radicado em 
Cuiabá-MT, sobretudo, apaixonado pela literatura e comunicação, tem nos mostrado que transpor essas barreiras é possível. O nome dessa prata da casa é: Antônio Peres Pacheco.

O Jornal


Antônio Pacheco escreve desde a adolescência e, além do jornalismo, atua como roteirista (publicidade e cinema) e consultoria em marketing político. Para Pacheco, um bom jornal não deve mostrar apenas o lado negativo da vida cotidiana de uma comunidade, cidade, estado, país ou do mundo.

Segundo ele, o bom jornal é aquele que sabe equilibrar a missão de dar notícias do que acontece no mundo com o dever de difundir cultura e conhecimento, oferecendo tanto a "
hot news" (notícias de última hora) quanto a "news deep vision" (notícias com profundidade).

Pacheco sugere que um bom jornal ou programa jornalístico deve ter espaço para o bom e o ruim do cotidiano, para o horóscopo e a fofoca da alta sociedade, e tanto para a notícia do momento quanto para a "pensata e o debate" e embora reconheça que essa abordagem não é simples de preparar e administrar, ele não tem dúvidas de que, se colocada em prática, daria mais consistência e "razão de existir" aos jornais.

Ele argumenta que, embora as boas notícias geralmente não sejam tão apelativas à curiosidade do leitor quanto, por exemplo, uma "falcatrua qualquer", elas são as que fazem o leitor reputar seriedade, credibilidade e respeitabilidade aos jornais que as publicam. Pacheco lamenta que os editores continuem escolhendo notícias a partir de conceitos deturpados, como a ideia de que o que atrai o leitor é o que lhe provoca "engulhos", choque, raiva ou decepção. Defende que as notícias que oferecem dados para debates, ampliam a cultura e o conhecimento, registram acontecimentos positivos, atos edificantes e dignificantes ou ações que promovem a melhoria do bem-estar social.

A Prisão


Pacheco foi envolvido na 
operação “Liberdade de Extorsão em 2016. Uma operação que segundo a Polícia Civil, jornalistas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal atuavam cobrando quantias entre R$ 100 mil e R$ 300 mil de empresários e políticos para deixar de publicar determinadas informações em veículos de imprensa. Sendo um dos alvos da operação, o Antônio Pacheco teve a prisão temporária decretada. Ele negou participação em qualquer esquema de ameaça ou extorsão, afirmando que atuava como "free lancer" para o Grupo Milas de Comunicação e que jamais soube ou suspeitou que seu trabalho ou nome fossem usados para fins ilícitos. Destacou que nunca ocupou cargos de direção ou teve parte em atividades de administradores, não podendo ser responsabilizado por práticas em desacordo com a lei ou a ética jornalística.

Após seu depoimento, foi liberado, e a autoridade policial constatou a ausência de motivos para a continuidade da restrição de sua liberdade, considerando a prisão uma tentativa absurda de criminalizar as atividades típicas de seu exercício profissional.

As Obras


O jornalista, poeta, contista e militante das letras: Antônio Pacheco exibi textos e leituras em seu perfil nas redes sociais e também em seu blog. Deveras, um exímio atuante na imprensa mato-grossense há mais de três décadas, é reconhecido como um jornalista político, "opinialista" e polemista e, especialmente, tem se dedicado bastante à literatura nos últimos anos. Entre suas obras publicadas estão:

  • "Retalhos" (poemas, 1984, Edições Uirá);
  • "Punhal de Dois Gumes" (contos esparsos, 1994, Edições Uirá);
  • "Comunicação em Tempo Real" (artigos sobre jornalismo, 1999, Editora Adufmat).
  • "Poetas do Café - Antologia Poética" (2006, Editora Grafite);
  • "Ferro&Fogo" (coletânea de contos medievais, lançada na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, Lura Editorial);
  • "O Universo no Espelho";
  • "Versos Náufragos em Rio sem Margens" (sua primeira obra bilíngue em português e espanhol, lançada em 2019 pela Carlini & Caniato Editorial, reunindo poemas escritos entre o início dos anos 90 e o final de 2010). Ressalva-se que este livro é descrito como seu maior desafio literário, buscando criar uma ponte poética sobre fronteiras físicas, linguísticas e psicossociais, como xenofobia, preconceito e racismo.
  • E o recém-chegado: "O Rio do Meu Quintal"



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