Caíra finalmente um trocado no bolso de Vladimir. Sem demora na bodega mais próxima o alegre moço comprou um cadáver. Enfim, seu estômago saborearia de novo uma penosa. Mas, já que a galinha borbulharia na panela e sabendo que o gás aparentava aguentar o tranco, pensou: “Que tal um trago!”
Que tal um trago.... Que tal um trago.... Que tal um trago... gritavam suas chinelas nas ruas do Morro do Calango até chegarem na porta do boteco do amigo Roberval.
Levou logo quinze buchudas para casa e ansiava o efeito comemoral. Chegando na sua morada, percebeu de cara que o imediatismo da desossa do cadáver poderia esperar. Revirou a primeira gaveta do armário e nada, revirou a segunda gaveta do armário e nada, revirou a canequinha em cima da geladeira e pum! Lá estava o que Vladimir procurava: o el dorado, a escada para os céus, o abridor de garrafas!
Que tal um trago.... Que tal um trago.... Que tal um trago... gritavam suas chinelas nas ruas do Morro do Calango até chegarem na porta do boteco do amigo Roberval.
Levou logo quinze buchudas para casa e ansiava o efeito comemoral. Chegando na sua morada, percebeu de cara que o imediatismo da desossa do cadáver poderia esperar. Revirou a primeira gaveta do armário e nada, revirou a segunda gaveta do armário e nada, revirou a canequinha em cima da geladeira e pum! Lá estava o que Vladimir procurava: o el dorado, a escada para os céus, o abridor de garrafas!
Vladimir conectou o surrado notebook na sua LG sem imagem, todavia, com um bom som e começou a acariciar buchada por buchuda enquanto ressuscitava Raul, Cazuza, Elvis, John, Renato, Belchior e tantos outros... Até que a viva voz de Adriana o matou.
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