Dez mil reais por dia: O incentivo que a Quarto Crescente precisava para poder tirar férias!

imagen da a degradação da Praia Quarto Crescente
DEGRADAÇÃO DA PRAIA QUARTO CRESCENTE E CERCANIAS | REDES SOCIAIS

Evidentemente os clamores sobre a degradação da Praia Quarto Crescente proferidos por dois vereadores aragarcenses foram devidamente ouvidos. Pois, o principal zum... zum... zum que se tem ouvido pela cidade é que um impasse recaiu sobre a gestão vigente no município. Trocando em miúdos, o que se sabe é que o Ministério Público do Estado de Goiás ajuizou uma ação civil pública contra o município, obtendo decisão liminar da Justiça que proíbe qualquer intervenção na faixa marginal do Rio Araguaia sem prévia autorização e estudos ambientais. Conforme foi propagado, a decisão fixa multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento. É importante salientar, senhoras e senhores, que tal área é reconhecida como de preservação permanente.

Eis aí uma “sinuca de bico” para os que usufruem anualmente da Quarto Crescente, seja afim do lazer ou do lucro. Enfim, uma questão ou situação espinhosa enfincada até o talo em Aragarças, mas que há tempos poderia ter sido evitada. Digo isso, pois, a degradação da Praia Quarto Crescente é um exemplo gritante da falta de planejamento ambiental e da omissão do poder público em proteger áreas naturais de grande valor turístico e ecológico. A erosão que afeta a nossa praia não é apenas um problema estético, mas sim um sintoma de uma gestão inadequada tanto na praia e cercanias, quanto no rio.

Como nos tem saltado os olhos há algum tempo, é óbvio que a falta de medidas eficazes para conter a erosão e proteger a praia é um descuido imbecil que afeta diretamente a economia local, sobretudo, aos que dependem fortemente do turismo durante a sua temporada. Não precisa ser um “bicho grilo” ou um ambientalista radical para perceber que a perda de área de lazer e a degradação do ambiente natural que abraça a praia e o rio não apenas impactam negativamente a experiência dos turistas, mas também ameaçam a riqueza original no local.

Eu acho que se a temporada de praia não for realizada este ano, isso poderia ser visto como uma oportunidade para refletir sobre as práticas atuais e implementar medidas de conservação e recuperação da praia. No entanto, mesmo torcendo para isso, reconheço que a não realização da temporada também teria impactos econômicos negativos para a região, especialmente, reitero, para aqueles que dependem do turismo para sua subsistência.

Em suma, tomara que nessa “gangorra de interesses” não só as cabeças políticas (edis e mandatário) se envolvam na questão. Já que sabemos que é fundamental a nossa conscientização e a dos turistas sobre a importância de encontrar um equilíbrio entre a conservação ambiental e o invisível desenvolvimento econômico em Aragarças.

Sem mais rodeios, permitam que eu diga, se é para chutar os paus das barracas em defesa da praia, da mata ciliar e do rio, que seja agora. E custe o que custar! Pois, mais do que os políticos envolvidos, a principal atração "inatural" e turística da região, notadamente, suplica por igual atenção ou, simplesmente, de férias.


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