A veia entupida de Aragarças




Que me desculpem os contrários, mas ao meu ver Aragarças tinha como destino ser uma das pedras fundamentais para o preenchimento do dito “vazio do Brasil” nos idos da “marcha para o oeste” e isso, imagino eu, era notado por todos que frequentavam ou moravam num dos mais suntuosos (monetariamente falando) setores de Aragarças, a chamada “Base Velha”.

Tal setor era a árvore reta, ou melhor dizendo, o centro efervescente num ermo cerrado, pois era ali que estava firmado o pilar administrativo e operacional da Fundação Brasil Central

No entanto, e isso qualquer um vê, hoje em dia aquele setor e adjacência pouco se faz lembrar a pujança daquele período refletido nos ensaios das edificações e chaminés desenhadas pelas cabeças pensantes e concretizadas pelas mãos talentosas daqueles que se locomoviam nas jardineiras, caminhões e tratores pelas ruas que se emergiam da arquitetura e urbanismo à época!

Evidentemente, as riquezas históricas de Aragarças se perderam e é tolice se vangloriar que apenas a esquálida Quarto Crescente a lança ao país como uma magnânima cidade turística!

Convenhamos, fora o aeroporto e as pontes sobre os rios Araguaia e Garças é desconcertante perceber que do projeto arquitetônico da FBC quase nada se conservou à Aragarças e cercanias, cujo propósito era ser a base avançada para o aprimoramento de um pulsar ritmado e fortalecedor ao coração do Brasil...

...Como muitos sabem, já faz tempo que a veia se entupiu.

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